Almirante John Taylor
Após a independência do Brasil e durante o processo de contratação de oficiais ingleses para formação de uma nova marinha para o Brasil, deixou a Inglaterra, sem a permissão do almirantado inglês, e foi admitido, por decreto de 9 de janeiro de 1823, na Marinha Imperial Nacional como Capitão-de-Fragata ( sendo naquela época capitão-tenente da Marinha Inglesa).
A 2 de março de 1823 tomou posse no comando da Fragata “Niterói”. A bordo da mesma combateu os revoltosos aliados do General Madeira de Melo na Bahia. Participou do cerco aos navios portugueses naquela província e por ordem de Lord Cochrane perseguiu a frota portuguesa até a foz do Rio Tejo numa epopéia audaciosa, apresando vários navios portugueses.
Foi recebido festivamente pelo imperador no seu retorno ao Rio de Janeiro sendo logo em seguida promovido a Capitão-de-Mar-e-Guerra pelo decreto de 12 de outubro de 1823.
Ainda na fase de consolidação da independência do Brasil, participou, também, da pacificação da província de Pernambuco como comandante de uma divisão naval e combateu os revoltosos liderados por Manuel de Carvalho Paes de Andrade. o fundador da Confederação do Equador.
Enquanto lutava em Pernambuco contra os portugueses, então aliados dos ingleses, o governo de sua Majestade George IV reclamava junto ao governo imperial a demissão de Taylor da marinha brasileira. Ao retornar daquela província Taylor não foi recebido festivamente como da primeira vez e a 7 de agosto de 1824, como conseqüência das investidas do governo inglês foi exonerado do comando da Fragata Niterói e do serviço ativo naval.
A 28 de outubro de 1824 casou-se na matriz da Glória no Rio de Janeiro com Maria Teresa da Fonseca Costa com quem teve 4 filhos.
Em 1 de dezembro de 1824 foi readmitido na Marinha Imperial Nacional no posto de Capitão-de-Mar-e-Guerra, graduado no de Chefe-de-Divisão agora na condição de súdito naturalizado. Em aviso de 2 de dezembro foi nomeado para o comando da Esquadra do Rio da Prata sendo exonerado a 25 de dezembro do mesmo ano. Tomou parte também na campanha Cisplatina.
Nomeado comandante da corveta “Baiana” pelo aviso de 24 de junho de 1833 desembarcou em 24 de janeiro de 1835. Por nomeação de 30 de março de 1835, embarcou na fragata “Campista” para assumir em 11 de abril o comando a divisão naval estacionada no Pará. Participou do cerco e do combate aos cabanos.
Em aviso de 11 de agosto de 1835, foi dispensado do comando da “Campista”, conservando o comando da divisão naval. Foi promovido a Chefe-de-Divisão por decreto de 28 de setembro 1835 em reconhecimento ao valor demonstrado desde a sua entrada para o serviço da Armada. Passou o comando da divisão em 6 de outubro de 1836 e regressou à Corte.
Pelo decreto de 18 de fevereiro de 1837 foi promovido a Chefe-de-Esquadra Graduado e a 14 de março de 1847 a Chefe-de-Esquadra efetivo.
Promovido por decreto de 2 de dezembro de 1854 a Vice-Almirante – segundo posto na hierarquia naval, veio a falecer na cidade do Rio de Janeiro a 26 de novembro de 1855.
Condecorações
Oficial da Ordem do Cruzeiro em 1824;
Dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro;
Medalha da Constância; e
Medalha da Independência.